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"œPacientes de Manaus são estáveis", explica superintendente do HU

A medida foi adotada porque os pacientes necessitam de oxigênio, que pode faltar com o colapso da rede de saúde do Amazonas

14/01/2021 14:52

Os pacientes de Manaus que chegarão a Teresina na noite desta quinta-feira (14) para o tratamento da Covid-19 estão estáveis e necessitam de oxigênio. A informação foi confirmada pelo superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) Paulo Márcio em entrevista ao Sistema O Dia.


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Segundo ele, a rede de saúde de Manaus deve colapsar nos próximos e pode faltar oxigênio para os pacientes. Como medida de prevenção, o Ministério da Saúde decidiu garantir a segurança no tratamento transferindo esses pacientes para locais onde a taxa de ocupação dos Covid-19 estejam baixos.

Paulo Márcio, superintendente do HU (Foto: Jailson Soares / O Dia)

“São 30 pacientes estáveis que estão vindo para o Piauí porque precisam de oxigênio e o quantitativo de oxigênio de Manaus pode colapsar. Antes disso acontecer o Ministério da Saúde está solicitando a transferência desses pacientes. A preferência foi para hospitais federais e nosso hospital está com a quantidade baixa de paciente da Covid. Não nos pegou de surpresa, nós estávamos preparados para isso”, revelou.

Leitos destinados no HU para pacientes de Manaus (Foto: Jailson Soares / O Dia)

Paulo Márcio comentou que o Hospital Universitário teve 68 leitos destinados para o tratamento da doença no período mais crítico da pandemia. Atualmente, apenas três pacientes da Covid-19 são tratados na unidade. O superintendente defende a oferta de tratamento para os pacientes de Manaus e afirmou que essa é uma responsabilidade com o Brasil.

“O Hospital Universitário tem apenas três pacientes de Covid-19. Tivemos no passado 68 leitos disponíveis para Covid-19. Ofertar 30 leitos a Manaus não é apenas ofertar 30 leitos de hospital, são 30 expectativas de vida. São pais, mães, filhos que estão largando suas casas para se entregar a médicos e hospital que eles nem conhecem. Nossa responsabilidade, nossa missão com a nação é grande”, disse.

Atraso na chegada

O superintendente explicou que o atraso na chegada dos pacientes foi motivada pela quantidade de oxigênio disponível no avião da Força Aérea Brasileira que irá realizar o transporte.  “Eles queriam uma quantidade que desse para vir e voltar caso o avião precisasse. Portanto, os pacientes só serão trazidos quando tivermos a garantia desse oxigênio”, finalizou.

Por: Otávio Neto
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